Acidentes de trabalho

Por que devemos prevenir os acidentes e doenças decorrentes do
trabalho?

Sob todos os aspectos em que possam ser analisados, os acidentes e doenças
decorrentes do trabalho apresentam fatores extremamente negativos para a empresa,
para o trabalhador acidentado e para a sociedade.
Anualmente, as altas taxas de acidentes e doenças registradas pelas estatísticas oficiais
expõem
.
os elevados custos e prejuízos humanos,sociais e econômicos que custam muito
para o País, considerando apenas os dados do trabalho formal
O somatório das perdas, muitas delas irreparáveis, é avaliado e determinado levando-se
em consideração os danos causados à integridade física e mental do trabalhador, os
prejuízos da empresa e os demais custos resultantes para a sociedade.



Danos causados ao trabalhador

As estatísticas da Previdência Social, que registram os acidentes e doenças decorrentes do trabalho, revelam uma enorme quantidade de pessoas prematuramente mortas ou incapacitadas para o trabalho.
Os trabalhadores que sobrevivem a esses infortúnios são também atingidos por danos que se materializam em:

  •      sofrimento físico e mental;
  •       cirurgias e remédios;
  •          próteses e assistência médica;
  •          fisioterapia e assistência psicológica;
  •          dependência de terceiros para acompanhamento e locomoção;
  •          diminuição do poder aquisitivo;
  •          desamparo à família;
  •          estigmatização do acidentado;
  •          desemprego;
  •          marginalização;
  •          depressão e traumas.
Prejuízos da empresa
As micro e pequenas empresas são fortemente atingidas pelas conseqüências dos acidentes e doenças, apesar de nem sempre os seus dirigentes perceberem este fato.
O custo total de um acidente é dado pela soma de duas parcelas: uma refere-se ao custo direto (ou custo segurado), a exemplo do recolhimento mensal feito à Previdência Social,
para pagamento do seguro contra acidentes do trabalho, visando a garantir uma das modalidades de benefícios estabelecidos na legislação previdenciária.A outra parcela refere-se ao custo indireto (custo não segurado). Estudos informam que a relação entre os custos segurados e os não segurados é de 1 para 4, ou seja, para cada real gasto com os custos segurados, são gastos 4 com os custos não segurados.

Os custos não segurados impactam a empresa principalmente
nos seguintes itens:
 Ø  salário dos quinze primeiros dias após o acidente;
 Ø  transporte e assistência médica de urgência;
 Ø  paralisação de setor, máquinas e equipamentos;
 Ø  comoção coletiva ou do grupo de trabalho;
 Ø  interrupção da produção;
 Ø  prejuízos ao conceito e à imagem da empresa;
 Ø  destruição de máquina, veículo ou equipamento;
 Ø  danificação de produtos, matéria-prima e outros insumos;
 Ø  embargo ou interdição fiscal;
 Ø  investigação de causas e correção da situação;
 Ø  pagamento de horas-extras;
 Ø  atrasos no cronograma de produção e entrega;
 Ø  cobertura de licenças médicas;
 Ø  treinamento de substituto;
 Ø  aumento do prêmio de seguro;
 Ø  multas e encargos contratuais;
 Ø  perícia trabalhista, civil ou criminal;
 Ø  indenizações e honorários legais; e
 Ø  elevação de preços dos produtos e serviços.





Custos resultantes para a sociedade
As estatísticas informam que os acidentes atingem, principalmente, pessoas na faixa etária dos 20 aos 30 anos, justamente quando estão em plena condição física.
  • socorro e medicação de urgência;
  • intervenções cirúrgicas;
  • mais leitos nos hospitais;
  • maior apoio da família e da comunidade; e
  • benefícios previdenciários
Isso, conseqüentemente, prejudica o desenvolvimento do País, provocando:
  • redução da população economicamente ativa;
  • aumento da taxação securitária; e
  • aumento de impostos e taxas.


É importante ressaltar que, apesar de todos os cálculos, o valor da vida humana não pode ser
matematizado, sendo o mais importante no estudo o conjunto de benefícios que a micro ou
pequena empresa consegue com a adoção de boas práticas de Saúde e Segurança no
Trabalho, pois, além de prevenir acidentes e doenças, está vacinada contra os imprevistos
acidentários, reduz os custos, otimiza conceito e imagem junto à clientela e potencializa a sua
competitividade.

A incorporação das boas práticas de gestão de saúde e segurança no trabalho no âmbito
das micro e pequenas empresas contribui para a proteção contra os riscos presentes no
ambiente de trabalho, prevenindo e reduzindo acidentes e doenças e diminuindo
consideravelmente os custos.
Além de diminuir os custos e prejuízos, torna a empresa
mais competitiva, auxiliando na sensibilização de todos
para o desenvolvimento de uma consciência coletiva de
respeito à integridade física dos trabalhadores e melhoria
contínua dos ambientes de trabalho.
No caso das micro e
pequenas empresas, a
participação do próprio
empreendedor e dos
trabalhadores na
identificação dos riscos
assume um papel de
extrema importância
para o êxito do
programa de gestão.